Thursday, March 29, 2007

Tosse, dor de cabeça, dor de garganta, tédio.
Prova semana que vem, preguiça de estudar, não-necessidade de pegar o caderno.
Pensamentos, idéias, raivas, mágoas, rancores, felicidades, fantasias.
Tênis sujos, pé fodido, bolha estourada, pele descascando.
Cabelo podre, espinhas na cara, unha mal-feita.
Joelho roxo há duas semanas, casa em reformas, gente fumando por toda parte.
Discos velhos, sem dinheiro, com vontade de gastar.
Cupins caindo na cabeça, teto furado, móveis desgastados.
Violão com cordas velhas e desafinadas, guitarra empoeirando, falta de oportunidade pra tocar.
Vontade de parar de tocar na igreja, responsabilidades, obrigações, vontades, prazeres.
Shows em escassez, estelionatarismo com efeito, poucas saídas por falta de companhia.
Vontade de rodar o mundo sozinha, mas medo de me perder.
Menos de um mês pro aniversário, sem idéia do que fazer, mais de dois anos pra maioridade.
Sem alarmes.
Indiferença com quem pede pra sofrer, conselhos em vão, vontade de calar, vontade de explodir com tudo e com quase todos.
Vontades e vontades.
Livros inacabados, alguns não começados.
Desânimo pra aprender mais, cabular aula, desandar do meu comportamento natural.
Seminário de biologia, prova de OE, prova de inglês, prova de português.
Relógio que desperta às 5h20, mão que voa em cima do relógio pra ele parar e relógio que cai no chão e faz mais barulho ainda.
Gente que não entende, gente que entende, gente estranha, gente fedida, gente feia, gente de mau gosto.
Vontade de deixar de ser só, mas medo de ser mais só ainda.
Calças, blusas, tênis, mp3, cobrador curioso, motorista enxerido.
Pernilongos. Casal de pernilongos morto enquanto trepava.
Teatro, confusão, bagunça, respostas na ponta da língua.
Tenho que ouvir.
Amigos, ocupados, perdidos, achados, desesperados, normais.

Eu, doente, impaciente, frustrada, inconformada.


É a vida, meu amor. É a vida.

Monday, March 26, 2007

Beatles, Killers, Ok Go, Subways, Franz Ferdinand, Pixies, Cachorro Grande, Los Hermanos, We Are Scientists, Interpol, Editors, Strokes....

Preciso de uma dose dessas de novo.

Alguém me dá?

Friday, March 23, 2007

Hoje é aniversário de uma das partes da minha vida.
Uma parte importante, uma parte essencial.


Parabéns, Catarina Noda, vulgo Harumi!
Felicidades, meu amor.
E todos esses clichês desejados pelo mundo todo a tanto tempo.
E outras cositas más, que você sabe que eu te desejo pra sempre.

Amo-te.

Tuesday, March 20, 2007

Por um momento eu achei que tudo estivesse acabado.
Ontem à noite vi minha vida todinha passando como um filme diante dos meus olhos, mas não por minha causa.
Foi como se tudo o que eu mais temesse tivesse se tornado um grão de areia perto do medo que senti, medo de perder tudo, medo de me perder dentro de mim mesma.
Só não quero mais sentir isso, nunca, na minha vida.
Bom, um dia eu sei que vou ter que sentir, mas que esse dia esteja bem longe, que seja somente depois de ter minha vida, de ser estabilizada emocional, cultural e economicamente.


E por que nas minhas aulas vagas sempre aparece alguém que eu não queria ver?
Não por ódio, muito pelo contrário, mas por ter que me aguentar dentro dos meus pensamentos.
Perguntas, risadas, e piadas sem graça by mim. Mas não era assim que devia ser.
Era pra ser papos sérios, conversas sobre o futuro, olhares confidenciais.
Bem mais além do que na realidade é.
Às vezes tenho tanto ódio de mim, da minha falta de coragem, da minha falta de atitude. Mas, às vezes me amo tanto pelo fato de poder me segurar sem dar na cara as intenções.
Táquepariu, num entendo mais nada.

É mais do que parece, preciso dizer.

Monday, March 19, 2007

Once I wanted to be the greatest

Há tempos eu não chorava.
Pensei até que estivesse seca por dentro (e por fora também, talvez).
Pois é, meu (minha) querido (a). Chega uma hora que até o poço mais seco começa a verter água não se sabe de onde, nem como, nem quando e nem o porquê.

Ontem, domingo, 18/03/2007, data que era pra ter sido especial, mas não foi.
A menos que um dia horrível seja especial.
Nunca me arrependi tanto de não ter comprado ingresso pra um show, e um show que sei que foi foda.

Se arrependimento matasse, eu teria morrido aos nove anos de idade. Sem antecedentes.
Quem sabe eu não tenha morrido aos nove?
Às vezes acho que as coisas que eu presencio hoje em dia são surreais, talvez eu não esteja aqui.
Ou esteja, mas nem sempre.

Me disseram que um dia as lágrimas secam.
É mentira, tá.
O estoque de lágrimas no corpo de uma pessoa é eterno, nunca acaba.
Saibam disso.
Lágrimas internas e/ou externas. Elas nunca vão acabar, somente quando você se acabar.
E, se eu realmente morri aos nove anos, minhas lágrimas não acabaram junto comigo.
Sou uma pura contradição. Cheia de porquês.

Once I wanted to be the greatest


Wednesday, March 14, 2007

um final bem sutil pra uma história que nem começou.

Sunday, March 11, 2007

Comecei aula de teatro ontem.
Sabe, é uma coisa que me animou e que me anima. Tudo bem, pra primeiro dia foi tudo rosas, mas acho que dessa vez não vai ser um curso que eu vou querer largar na metade, até mesmo porque eu posso fazer o que eu gostar, do jeito que eu gostar... como diz a professora: Se você quiser explicar a importância da formiga, eu vou te ajudar a explicar do melhor jeito, se é isso que importa pra você.

Era algo assim que eu precisava, um lugar onde não existe só um tipo de pensamento e só uma coisa certa. Onde não importa o que você faça, se for o que gosta, as pessoas vão te ajudar. E você pode se expressar da forma como quiser.
E a professora, ou melhor, a Aaana, já me mandou tomar no cu no primeiro dia. Êta curso baum!
Já vi que vai ser o máximo.

E sim, vai ser o máximo mesmo. Pessoas de tudo quanto é estilo, gente culta, gente prendada, gente viajada, gente que não faz porra nenhuma, gente que fala mil e uma línguas, gente que faz teatro desde que nasceu, gente que dá aula de teatro na putaqueopariu, gente que trabalha no jornal de uma emissora, gente que é aspirante à psicólogo, gente que É psicólogo, advogados, professores, tradutores... e eu, uma mera estudante de segundo ano (da facul? não, ensino médio mesmo ^^), aspirante a qualquer coisa que não sei o que é, e que está disposta a viver de improvisos nessas aulas de teatro.
Não disse que esse ia ser um ano diferente? Pois já está sendo.
Obrigada.


E quanto à você, seu franco atirador, não desisto, mas também não insisto.
E sim, quero continuar a minha música, mas repito: não sozinha.

Thursday, March 08, 2007

Dia internacional das mulheres.
Parabéns, mulheres. Parabéns pra gente!
Bleh... tem coisa mais ridícula que ter um dia só pra gente no calendário? Dia da gente é TODO DIA.
E tenho dito.


Falta tanto espaço dentro do abraço. Falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo.
Sabe, eu tenho medo de dizer tanta coisa mas preciso dizer. Só não sei como.
Cansa ficar dando indiretinhas a todo instante e ninguém entender nada. Ou melhor, um alguém não entender.
Garota de atitude? Preciso ser, mas não sou. Embora não seja menina de esperar ninguém fazer nada por mim quando dá pra eu fazer. Ah, porra, eu vou fazer e ponto final. Se ferrar com tudo, deixa, não vai ser a primeira vez que faço isso por ansiedade.
Esperar? Pra quê? Pra vir alguém e tomar meu lugar? Não mesmo. Se dá pra fazer agora, não vou deixar pra depois.

É, é pra você mesmo isso. Sei que pode demorar pra ler, mas é pra você.
Cansei de ficar dando indiretas esperando que você entenda. E, se você entende, por que finge não entender?
Tá, eu podia te falar tudo isso pessoalmente. Mas, perto de você, a vontade não seria só de falar, então é melhor que você leia.
Se é cedo demais pra te falar isso? Pode até ser que sim, mas não preciso ficar escondendo. Mesmo porque não vai causar grandes mudanças.
Ou pode causar, como me fazer chegar mais cedo na escola, me fazer querer que o fim de semana passe rápido só pra te ver na segunda-feira, me fazer escrever coisas ridículas mas que pra gente/mim são maravilhosas, me fazer perder a cabeça em pensamentos sobre o que pode acontecer. Mas peraí, isso não vai ser mudança pra mim, até mesmo porque já acontece.
Então, mesmo porque não vai causar tantas mudanças pra VOCÊ, a menos que queira.
Algo parecido com filmes. Eu queria, não sei se você quer, mas eu quero e isso é o que importa.

Pra mim. Pra gente. Sei lá, quanta porcaria.
E vou continuar tentando te acertar. Até conseguir. Ô se vou.
E vou continuar ouvindo música e lembrando de você, e vou continuar virando a esquina da escola esperando pra te ver, e vou continuar mirando você na hora do intervalo e vou continuar querendo saber de você mas sem ter noção de como.
E vou continuar matando a minha carência com coisas inventadas por mim, até que se tornem realidade por sua causa.

Ficarei assim, meio "Aquele alguém", até você me provar o contrário ou me provar que não tenho perdido tempo com todas essas baboseiras (repito: que pra mim não são baboseiras).

Quando eu te vi, eu gostei de ti. Quando tu falou, meu mundo parou.

Pra continuar, não posso estar sozinha.

Monday, March 05, 2007

Treinar. Mirar. Atirar. Fogo!

Até que tou ficando boa nisso, sabe.
E talvez só eu esteja levando a sério essa história.
Como sempre foi. Me envolvo demais nas minhas brincadeiras que elas começam a ser sérias.
Preciso aprender a parar. Mas, como disse, não quero parar.

E nunca uma ida a um parque ia fazer tanta diferença pra mim.

Mas eu continuo assim, sem interferência de nada nem ninguém.
Vai que uma hora eu acerto?