Eu não quero admitir estar errada, ou errar em estar admitindo. Tudo o que preciso é entender as coisas que se passam na minha cabeça, entender o que eu realmente desejo e preciso, sabe?
É foda você parar pra pensar na sua vida e descobrir que falta um monte de coisa pra você ser uma pessoa realizada. Realizada, nossa. É.
Sonho em poder fazer tanta coisa, em ter coragem de correr atrás das minhas vontades, e mantê-las e persegui-las. Mas acho que não sei fazer isso muito bem.
Posso estragar minha vida tão facilmente, mas por que é tão mais difícil conseguir arrumar, conseguir construir? Pra acabar com tudo é tão simples, a gente sempre sabe como acabar com as coisas... Mas e pra construir ou REconstruir?
Cara, eu me acho uma tremenda covarde. Me acho mesmo, super covarde. Vejo gente por aí fazendo tudo o que tem vontade, sem deixar pra trás as coisas com medo do que pode acontecer. Queria ser assim... Tenho tanto medo, tantas coisas passam pela minha cabeça. Acho que essa idade é a mais foda de todas, é a idade em que a gente precisa se resolver em todos os sentidos, menos no profissional porque só comecei (e a propósito, falar “tenho sono e não tenho tempo mais” virou clichê pra mim, tanto queria que agora tanto não quero muito mais, só que quero e muito. Sei lá). Tenho necessidade de realização.
Você. É, você.
Não quer me mostrar que não sou sozinha nesse mundo e cuidar de mim enquanto eu não me esqueço de você?
Olho pela janela do metrô e do ônibus (transportes super chiques, né), e fico pensando em como seria se tivesse você do meu lado nesses dias frios, se tivesse você pra me abraçar e me dizer coisas bonitas, dizer que me ama e que precisa de mim, não pra sempre, mas que precisa só. E que você não se importasse com mais nada quando estivesse comigo, que não ligasse pro que os outros vão pensar e só fizesse o que seu coração mandasse, assim como eu faria.
Quero você do meu lado ouvindo meus cd’s e cantando pra mim, tocando violão pra eu cantar com você também. Fazendo chocolate quente pra gente na cozinha, me fazendo rir da vida e das todas outras coisas que fazem parte dela. Quero você me ligando minutos depois que a gente se viu pra perguntar se eu tou bem, se preciso de alguma coisa e dizer que se preocupa comigo. Quero você com uma rosa na mão, parado na porta da minha casa com aquele olhar apaixonado que vai me render. Quero deitar na grama, olhar as pessoas passando, rir com você, ser abraçada por um abraço apaixonado e caloroso, brincar de esconde-esconde enquanto as pessoas olham e acham que a gente já não tem idade pra isso (como se fosse velha). Quero passear por lugares lindos, pode ser à pé, de ônibus, de carro, de avião, de navio, sei lá, mas com você.
Quero chegar na escola com um sorriso maior do que o globo terrestre e todos falarem: “Gente, olha só que brilho que os olhos dela têm! Deve estar apaixonada hein?!”.
Eu quero. Será que quero agora? Pode ser.
Mas só tem um pequeno-grande-gigante-enorme-incomensurável problema...
Eu não te conheço, você não me conhece. Nem sei se você existe.
Precisamos ser apresentados. Que tal a partir de agora eu te procurar e você me procurar?
Quem achar primeiro, avisa.
Começou.
Muito prazer, eu sou você amanhã.